Minha ampulheta é pesada,
Feita de mármore e ouro
Dentro, o pó corre
De um canto a outro.
Não posso virar o objeto
De cabeça para baixo,
De modo que o que já caiu
Fica - para sempre - embaixo.
Porém, eu sei que posso
Deixá-la ficar deitada.
Assim o pó não corre,
Mas depois, não há virada!
Pois como é pesada
Só cai uma vez
Não se pode levantar:
Nunca ninguém o fez!
E o pó que está em cima
É limitado e oculto
Está sempre em movimento,
É um pó escuro.
E o que vai caindo,
Embaixo se acumulando
Não consigo ver passar:
É rápido, nunca brando!
Caroline Mendes
9 comentários:
Carol essa ampulheta se parece com um outro movimento chamado vida. As vezes não conseguimos tirar de baixo o que está em baixo, e não podemos saber o que está por cima...
E como passa rápido!!
P.S: Poesias maravilhosas. Obrigada!
bonita poesia e linda imagem. o ruim dá vida é que não podemos mudar o lado da ampulheta, uma pena.
Muito bom,gostei!
Lindo seu texto, Caroline!^^
Parabéns!
Se cuida!=)
bonito.
Quanto tempo eu não passo aqui.
Mas, quando mais eu passo melhor está.
Outro lugar melhor não vi.
Outra lugar melhor não existirá.
abs e bjs.
Cara super legal esse blog, adorei essa poesia e etc...
linda poesia, linda mesmo
a comparação da vida com a ampulheta
e cada ilustração feita, mostrar que tudo não volta... o peso disto tudo..
ótimo poema, parabéns.
lindissimas poesias, parabéns pelo blog.
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