domingo, 31 de maio de 2009

Livro - Admirável Mundo Novo

Nome original: Brave New World.
Nome traduzido: Admirável Mundo Novo
Autor: Aldous Huxley
Primeira Publicação: 1932
Gênero: Ficção Científica.
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O livro Admirável Mundo Novo, escrito por Aldous Huxley e publicado em 1932, narra um futuro hipotético em que as pessoas são pré-condicionadas, ou seja, desde o nascimento são preparadas para agir de certa forma, o que as tornam dominadas pelo sistema em prol de uma aparente harmonia na sociedade. Porém nem todos aceitam essa forma de civilização, como Bernard, que vê o sistema de forma mais abrangente que as pessoas que convivem com ele.
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As pessoas são apatentemente felizes, e qualquer dúvida ou insegurança que tenham, basta tomar meio grama de soma, uma droga sem efeitos colaterais. As pessoas levam vidas sem sentimentos intensos, como o amor, e isso faz parte do condicionamento. É muito estranho ver uma união durável. Isso chega a ser motivo de fofoca e dor de cabeça para as pessoas que fogem à regra.
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Este livro faz com que o leitor possa refletir o meio em que vive, afinal, há quem diga que estamos perto de chegar num "Admirável Mundo Novo". Mas será essa a melhor forma de manter uma sociedade, baseada em futilidades? Que consequencias um sistema assim pode trazer às pessoas?
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sábado, 30 de maio de 2009

Dança Chinesa - Vídeo

Leitores, hoje achei um vídeo que me chamou a atenção. Espero que gostem!


terça-feira, 26 de maio de 2009

A menina e o menino - Caroline Mendes

A menina e o menino

Meu amado leitor,
Escute com atenção:
De amor é essa história
Conto sem embromação.
Uma menina e um menino
Se encontraram no caminho
Da vida, sem explicação

Eles se conheceram
E puderam se divertir
Começaram a se amar
E a tudo dividir
Estavam apaixonados
Os dois, muito amados,
Dia e noite a sorrir.

Um dia foram à praia;
O menino a levou pro mar
Lá se molharam e se abraçaram
E ficaram a aproveitar
O sincero e belo amor,
Cheio de calor...
Estavam eles a amar.

Outro dia eles foram
Num sítio em Rancho Queimado
Estava bastante frio
Mas ninguém ficou parado.
Passearam e conversaram,
Mas também se deitaram.
Assim, o frio era espantado.

Os dois sempre faziam
Por telefone, ligações.
Era sempre à noite quando
A saudade batia nos corações.
Falavam dos acontecimentos,
Da vida e dos sentimentos,
E de amor, declarações.

Mas então chegou o dia
Que aquilo tudo mudou
A triste e crua separação,
Enfim, ela chegou.
A menina chorou, viajou,
E dele se separou.
Tudo, então, se transformou.

Mas a história não terminou,
O amor era maior que os empecilhos
Os dois continuaram a se amar,
E sobre o futuro conversar
Cheios de esperança,
Eles tinham perseverança,
De que iriam, juntos, ficar.

Esse dia ainda não chegou,
Mas o amor é paciente,
E isso há de acontecer,
Pois o sentimento não mente
Eles vão juntos ficar
E uma vida compartilhar
Com esse amor ardente.

Caroline Mendes

sábado, 23 de maio de 2009

Palavras - Caroline Mendes

Palavras

As palavras agora morrem,
Parecem não mais fazer sentido
Mas a luta é constante
E cheia de perigos.

Às vezes estou do lado delas,
Noutras, estas se voltam contra mim.
Há momentos que somos amigas
E há outros que não, enfim!

É guerra estranha essa
Que eu travo com as palavras.
São malditas, temíveis, sofridas
Mas também são encantadas.

Que contradição eu digo!
Essas que me salvam
(Mas a culpa é sempre delas)
São as mesmas que me matam.

Caroline Mendes

terça-feira, 19 de maio de 2009

Medo - Caroline Mendes

Medo

Essa inquietação que agonia
Sufoca a alma receosa
Que, abalada, ruidosa,
Grita por calma, harmonia.

Esse sentimento concreto
Diante de um perigo
Deixa o coração ferido
Sem nem paz por perto.

Mas ele pode ser precioso
Se nos implica proteção.
Cuidamos do que é nosso,

Do que temos afeição.
Que é a vida, o bem amoroso
E também o nosso pão.


Caroline Mendes

sábado, 16 de maio de 2009

História Circular - F. J. Alves

História Circular


"Quantos lados tem um círculo? Dois: o de dentro e o de fora".

Ele caminhava meio confuso, meio incerto do que estava realmente fazendo, bebericando uns goles de água. Alguma coisa o incomodava, lhe dando uma sensação de estranheza, mas ele não sabia definir o que poderia ser. Sua única certeza era dita pelo seu relógio digital barato: estava na hora de começar a aula. Era um pouco mais de 8h da manhã.

Lançou o copinho descartável no lixo antes de entrar na sala de aula. Entrou um pouco atrasado: 2 minutos. Encontrou seus alunos como de costume, cumprimentou a turma com um "Bom dia" corriqueiro e sem pretensão de ser respondido. Alguns alunos responderam, outros ficaram indiferentes e alguns outros continuaram meio sonolentos.

Iniciou a aula, não sentiu necessidade de fazer a chamada da turma, sabia que todos estavam lá. Começou relembrando o que tinha sido visto na aula passada. Por um instante pensou que estivesse fazendo isso pela milésima vez. Talvez fosse apenas o cançaso ou talvez fosse melhor mudar um pouco de área, ir lecionar em outra escola, outros conteúdos. Bom, agora não podia ficar parado. Continuou a aula, meio monótona, meio sem graça. Uma pitada de humor aqui ou ali para tentar despertar os mais sonolentos. Como retribuição, alguns sorrisos meio tímidos.

Ao final de uma hora de aula. Fez uma pausa. Relembrou o que estavam estudando, tentou mostrar outros exemplos para reforçar o conteúdo. Novamente, a sensação de estar se repetindo surgiu. Balançou a cabeça de leve, tentando afastar essa ideia tola e prosseguiu com a aula.

Ao final da aula, incluiu uma pequena lista de exercícios e um trabalho para entregar na semana seguinte. Definitivamente, alguma coisa não estava certa, pois agora ele se lembrava nitidamente de já ter passado essas mesmas tarefas. Mas não poderia ser, só havia essa turma com esse conteúdo específico.

Despediu-se apressadamente dos alunos. Teria apenas 10 minutos antes da próxima aula. Ao sair da sala de aula, deparou-se um homem vagamente familiar. Sentiu que deveria conversar com esse estranho. Seria algum pai de aluno? Um novo professor?

Para a surpresa do professor, foi o estranho que falou primeiro: "Aqui estamos! E sempre o mesmo assunto, não é?" O professor conseguiu verbalizar apenas um "não entendo!". O estranho foi enigmático: "Estamos sobre a borda de um círculo. O nosso caminho nos leva ao ponto de partida. Sempre que iniciamos um novo começo, esquecemos o princípio e tudo aquilo que já realizamos. Somos obrigados a repetir tudo o fizemos no ciclo anterior!". O professor tentou, em vão, arrumar as ideias na cabeça. "O que esse estranho queria dizer com tudo isso?", pensou. Antes de chegar a uma solução olhou para o relógio. Agora tinha apenas 5 minutos antes de começar a próxima aula. Sentiu sede. Olhou rapidamente para o estranho, falou: "Tenho que ir, depois conversamos". O estranho respondeu simplesmente, como se já esperasse por esta resposta: "Eu sei". A expressão geral do estranho era de calma aparente e uma certa impaciência latente.

O professor deixou o estranho e seu enigmas. Era necessário apagar da sua mente aquela conversa desprovida de sentido. Não queria que aquilo pertubasse sua próxima aula. Foi à sala dos professores, onde um grande relógio de parede decretava: são 8h! Pegou um copo descartável com água e caminhou, meio confuso em direção a sala de aula.

F. J. Alves
http://alfanumericus.blogspot.com/

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Frase

A frase de hoje vem a seguir. A reflexão - e comentários sobre - ficam por conta de vocês, leitores =D

"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque está escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o."

Buda

sábado, 9 de maio de 2009

Dente de Leite - Caroline Mendes

Dente de Leite

A menina, no dentista
Pediu logo anestesia:
Tirar dente de leite
Com dor, só em mente!
O dentista, como amigo,
Foi bastante querido:
Pôs muita anestesia
Pra criança, cortesia!

E tirou ali o dentinho,
Bem branco, pequenino
Deu à menina, "Para a fada
Dos dentes, bela Alada!"
Ao sair de lá, ela sentiu
A face estranha; sorriu.
Não sentia parte da boca
Que anestesia louca!

Antes de ir dormir,
Foi preparar o ritual:
Pires de sal, e o dente
Para fada sair contente:
Deixando algum dinheiro,
E levando o presente!
Foi dormir; a fada chegou:
Levou o pires, e nada deixou!


Caroline Mendes






sexta-feira, 8 de maio de 2009

Carpe Diem - O que é?

Carpe diem

Carpe Diem é uma frase em
latim de um poema de Horácio, e é popularmente traduzida para "colha o dia" ou "aproveite o momento". É também utilizada como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.


Origem:
Esta expressão pode ser encontrada em "Odes" (I,, 11.8) do poeta romano
Horácio (65 - 8 AC), onde se lê:

Colhe o dia (carpe diem), confia o mínimo no amanhã
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses
darão a mim ou a você, Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia
não brinque. É melhor apenas lidar com o que se cruza no seu caminho
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último,
que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar
Tirreno: seja sábio, beba o seu vinho e para o curto prazo
reescale as suas esperanças. Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento
está fugindo de nós. Colhe o dia, confia o mínimo no amanhã.

Na literatura
Esta idéia foi popular na
poesia inglesa nos séculos XVI e XVII, por exemplo, no livro de Robert Herrick, "To the Virgins", na poesia "to Make Much of Time" (para aproveitar o tempo ao máximo), que lê:

"Gather ye rosebuds while ye may
(Colha seus botões de rosa enquanto podes)."

Também interessantes são os versos atribuídos a um poeta chinês, da dinastia Tang, conhecedor de provérbios
bastante parecidos com o que escreveu Herrick:

colha a flor quando florescer; não espere até não haver mais flores, só galhos a serem quebrados.


No cinema
No filme "
A Sociedade dos Poetas Mortos", O personagem de Robin Williams
, Professor Keating, utiliza-a assim:
"Mas se você escutar bem de perto, você pode ouvi-los sussurar o seu legado. Vá em frente, abaixe-se. Escute, está ouvindo? - Carpe - ouve? - Carpe, carpe diem, colham o dia garotos, tornem extraordinárias as suas vidas."

Na Música
- A banda
Metallica, no seu lançamento de 1997, "Reload", apresentou a música "Carpe Diem Baby";

- A banda
Dream Theater, em seu EP A Change of Seasons, presta uma homenagem à filosofia do Carpe Diem com sua música-título do disco, de 23:06 minutos, incluindo na letra trechos de falas do filme Sociedade dos Poetas Mortos;

- A banda japonesa
Yellow Generation possui um CD chamado Carpe Diem,onde a música chamada "Carpe Diem/Ima,kono Shuukan wo ikiru" (Carpe Diem/Agora,vamos viver este momento). No começo do refrão, a frase usada é To the Virgins, to Make Much of Time, Inochi mijikashi, koiseyo otome) (Para as virgens, para aproveitarem o tempo, a vida é curta, portanto, se apaixonem, garotas);

- A banda francesa de rock progressivo Carpe Diem.

Texto adaptado de: "http://pt.wikipedia.org/wiki/Carpe_diem"

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Assim que vi esta imagem do Pequeno Príncipe, me lembrei da
frase "Carpe Diem". Ele aproveitou o aparecimento dos pássaros para
viajar, sem saber como poderia voltar ao seu planeta.




quinta-feira, 7 de maio de 2009

Das vantagens do pesadelo - Caroline Mendes

Das vantagens do pesadelo

Como é triste, ao dormir

Sonhar, viver momentos
Que parecem tão reais,
E só trazem tormentos!

Mas façamos um balanço:
Não é apenas um estrondo
Que nos abalala a alma!

É também um avanço,

Que nos dá uma calma
!
Ao acordar e ver o sol
A luzir em nossa casa,

E todo o mal virar pó,

Todo o medo ir embora,

- Não ficar mais só!...


Caroline Mendes

O pesadelo, por Henry Fonteli


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Flores de Setembro - Caroline Mendes

Flores de Setembro

As flores de setembro
Desabrocham num jardim

Enquanto eu relembro
Das tardes mornas, enfim!

Tardes que passávamos
Entre roseiras e nogueiras
Nós só conversávamos
Sobre bobeiras e asneiras!

E quando a noite surgia
Sobre o céu de veludo
Eu te dizia uma cantiga
E dormia no escuro!

Caroline Mendes

Pintura de Monet

domingo, 3 de maio de 2009

Marcha Turca - Mozart

Hoje vou postar dois vídeos que achei muito interessantes. Tratam-se de duas pessoas tocando maravilhosamente a música "Marcha Turca". Um, em piano (original), outro, em guitarra.
Bem, eu acho lindo tanto na guitarra quanto no piano. Mas achei uma ótima combinação, a música clássica com a guitarra.
E vocês? Que acharam?




sábado, 2 de maio de 2009

Perfume - Caroline Mendes

Perfume

Existia, n’algum lugar,
Um perfume estranho;
Diziam ser castelhano
E feito em alto mar,

Pelas mãos d'um alquimista
Que esmagava muitas flores,
De todas as lindas cores
Que trazia das Antilhas!

Isso faz lembrar do nosso amor,

numa ardência, porque o perfume,
feito de misturas loucas, afinal
Combinava em sua essência!

Mas, por um descuido, por tão pouco!
Caiu, derramou-se sem resistência,

Fazendo-me chorar, num grito rouco...

Caroline Mendes

Alquimista na Idade Média

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Carta de Isadora - Caroline Mendes

Carta de Isadora

Tomei a liberdade
De entregar-lhe esta carta;
.À pedido de agoniada
Dor da saudade.

Onde estou, não importa!
Estou lá, estou cá,
.Em todo lugar!
- Ou longe da derrota!

Sou como a caixa de Pandora:
Espalho tristeza em teu coração,
.Males, e também solidão...
Eu me chamo Isadora!

Lembro do que disse Otávio,
Meu primo, filho da tia Maria.
Enquanto eu falava, ele dizia:
“O amor é sentimento volátil”

Mas não é esse o nosso caso!
Guardo muitos amores ainda
.E mesmo assim, sozinha,
Quero deitar-me ao teu lado.

De ti não irei esquecer
Assim como de meu perfume,
.Tu lembras, nesse negrume.

Adeus, até mais ver!


Caroline Mendes

A virgem Pandora segurando a famosa caixa
(pintura de Joseph Lefevbre, 1882)