Estações
As flores de setembro
Desabrocham num instante
Crescem em ritmo constante
Até a morte, em dezembro!
É a primavera da vida
Que passa tão depressa.
Tão logo chega - querida,
Vai-se embora - com pressa.
É esta a fase encantada
Que nada espera; tudo passa.
E quando então, vai-se embora,
Percebemos que passou a hora:
De fazer escolhas, encontros,
Amores e até desencontros.
De viver, sonhar, crescer,
E também endoidecer!
Mas enfim vem o verão.
Flores murcham, e em vão
Tentam acordar do sono,
Que vem com o outono.
- Que é enterrado junto,
No inverno, com a neve
Num lugar bem escuro,
Sem luz, fogo e febre.
Caroline Mendes
4 comentários:
vi nesse teu poema o decorrer de uma vida de alguem...fiz essa comparação.
muito bom !
:D
http://pratododia2.blogspot.com/
novo link =D
Lindo!
Adoro as coisas que vocÊ escreve.Só acho que deveria dar mais espaço no blog para as tuas poesias,que são lindas!
Um grande abraço
Você é boa escritora...
Mas tem algumas "imperfeições", na minha opinião, nesse poema:
- uso de clichês: "É a primavera da vida"
- Não sei se pelo tema você deveria usar métricas perfeitas e não a seqüência: "6-8-7-6/7-6-7-6/6-8-7-8/8-8-7-7/7-6-7-5/6-6-6-5" Que me é dada pelas sílabas poéticas de cada um de seus versos. Mas tudo bem... Eu que sou chato xD.
- Além disso, você é uma boa escritora. O Poema está bom. ^^'
;). É melhor do que muito verso enlatado em músicas que se escuta por aí.
Se você se quiser qualquer dia desses e ir descer o cacete em alguma poesia minha(tá, vale dizer que eu sou mau poeta, mas não má pessoa... xD), retribuindo essa "crítica" espontânea,
Fique a vontade pra visitar:
anese.wordpress.com
Bem, obrigado por visitar meu blog, moça. xD.
Bem, aquele último verso no "Meus versos II" é proposital por uns motivos aqui:
1) Preguiça/improviso - este quem vos fala em geral demora no máximo meia hora para escrever qualquer poema de lambuja. Então, acaba que eu escrevo primeiro e penso depois.
2) Sim, eu quebrei primeiro pra usar um artifício que usava Virgílio também. Era a a repetição: "muito melhor"/ "muita rima" / "muita coisa". Eu podia ter cortado: "feita apenas pra" e assim teria um verso dentro da métrica, mas artificial, com sentido muito alterado.
3) Eu não sou escravo das rimas. Sou senhor delas. E a quebra de rimas e métricas indicam que eu tô pouco me lixando pro "poema", mas querendo retornar à poiética, ou seja, o sentido, a poesia em si. Mas isso diria qualquer crítico de esquina de botequim. E pra dizer a verdade, não escrevi isso pra que fosse interpretado assim.
4) escrevi-lo porque qui-lo. ;)
Tá... mas volte sempre menina escritora^^'. Eu odeio ler contos pois estes são enfadonhos de grandes e nunca se resolvem. Livros em geral são como novelas ou filmes: enrolados e toscos. Só tem dois gêneros que me atraem:
1) poesia
2) teatro
___
e me add no msn também, se puder.
xD
msn: henriquen@live.com
blog: anese.wordpress.com
Volte sempre!
:D
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