O assassino
era o escriba
Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito
inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida,
regular com um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito
assindético de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas
expletivas, conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
Paulo Leminski
4 comentários:
Muito bom!Leminski é um gênio!!!
Gostei do seu blog!Parabéns!!!Estu te seguindo!
olá tem selinhos para vc no meu blog...
passa lá e aproveite o momento!
HAHAHA
eu gosto desse:
"O pauloleminski
é um cachorro louco
que deve ser morto
a pau a pedra
a fogo a pique
senão é bem capaz
o filhodaputa
de fazer chover
em nosso piquenique"
;)
gostei, ja li outros de Paulo Leminsk, legais :D
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