Silêncio!...
No fadário que é meu, neste penar,
Noite alta, noite escura, noite morta,
Sou o vento que geme e quer entrar,
Sou o vento que vai bater-te à porta...
Vivo longe de ti, mas que me importa?
Se eu já não vivo em mim! Ando a vaguear
Em roda à tua casa, a procurar
Beber-te a voz, apaixonada, absorta!
Estou junto de ti, e não me vês...
Quantas vezes no livro que tu lês
Meu olhar se pousou e se perdeu!
Trago-te como um filho nos meus braços!
E na tua casa... Escuta!... Uns leves passos...
Silêncio, meu Amor!... Abre! Sou eu!...
Florbela Espanca
Red Sky, por Marie Flaherty
2 comentários:
adorei teus sonetos...tem um jeito simples de escrever...adoro esse teu jeito de escrever.
te desejo sorte com teu blog-apesar de achar que,de sorte,você não precisa.
abraços a até a proxima postagem moça
www.conversacommeusbotoes.blogspot.com
Carol, indico-lhe para mais um selo: gostei do que li, porque sabes que, definitivamente sempre que venho aqui (e venho muito) gosto (demais) do que leio, beijos... passa lá pegar
http://mersonreis.blogspot.com/2009/02/gostei-do-que-li.html
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