quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

À meia-noite - C. Sednem


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À meia-noite

Quando, à meia-noite, acordei de repente
Fui olhar-me no grande espelho,
Aquele, de moldura transparente.
Apurei os ouvidos e ouvi o aparelho
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De som, tocando levemente
Uma música triste e melancólica
Só depois que pensei, entrementes,
"Quem ligou esta droga?"
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Foi quando eu vi a janela escancarada
E ao pé da cama, um gato.
No outro lado, perto do aparelho, um controle
Que o animal deve ter pisado
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Uma fúria meu corpo tomou
Mas permaneci calado
Isso logo passou
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E o gato me olhou, arrebitado.
Logo depois, viu a janela e pulou,
E eu voltei a dormir, atordoado.


C. Sednem

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